15 anos de saudade das vítimas do acidente da TAM

Mirella Joels

15 anos de saudade das vítimas do acidente da TAM

AP

A firefighter walks in front of a TAM airlines commercial jet that crashed in Sao Paulo, Wednesday, July 18, 2007. Rescue crews pulled dozens of bodies Wednesday from a Brazilian airliner that crashed and burst into flames at Brazil's busiest airport, as the number of people feared dead rose to 195. (AP Photo/Victor R. Caivano)

Foto: Marina Chiapinotto/Arquivo DSM

O tempo passa, mas a saudade e a memória das pessoas que tiveram suas vidas interrompidas no acidente da TAM, que aconteceu no dia 17 de julho de 2007, permanecem 15 anos depois.Era uma tarde de terça-feira quando o voo JJ 3054, da antiga companhia aérea TAM, saiu de Porto Alegre em direção a São Paulo. Cerca de uma hora e meia depois da decolagem, o voo foi interrompido. O motivo foi trágico: a aeronave não conseguiu pousar na pista no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, cruzou a avenida Washington Luís e colidiu em um prédio da companhia. A tragédia vitimou 199 vidas de passageiros, pessoas que estavam em solo e tripulantes. Dos 187 que estavam na aeronave, nenhum sobreviveu.Por aqui, a tragédia causou a perda de 10 vidas da nossa região, deixando apenas recordações das pessoas amadas para consolar os familiares.

Nossas perdas

Clove Mendonça Jr.

Eliane Soares Dornelles

Elida Maria Dembinski

José Américo do Amaral

José Luiz Souto Pinto

Leila Maria dos Santos

Lina Cassol

Silvia Grunewald

Valdemarina Souza

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Richard Canfield, o empresário sonhador

Richard Canfield, 30 anos, Empresário

Richard Canfield é lembrado pelo irmão George como um empresário sonhador. Além de ter criado duas boates com os amigos em Santa Maria, também trabalhou em parceria com o irmão. George se fortaleceu com o apoio de familiares e com as lembranças dos ensinamentos de Richard. Hoje, busca seguir honrando o legado do irmão:– Uma tragédia sempre traz muita negação, é difícil daceitar. Como família, a gente sempre tentou entender que muitos outros sofreram e que tivemos o privilégio de ter convivido com ele por muito tempo. Isso, particularmente, me fortaleceu no sentido de realmente querer aproveitar a minha vida, de que ela seja digna, e tenha uma construção bacana, como ele fez. Com as minhas filhas, eu tento falar um pouco sobre a história dele e trazer um pouco dos ensinamentos. Então, a força está nisso, nessas boas lembranças e nos bons exemplos que ele trouxe para nós – relata George.

Foto: Marina Chiapinotto/Arquivo DSM

Elida Dembinski, professora e mãe de duas filhas, Liege e Ligia, tinha 54 anos quando foi vítima do acidente. Ela havia se aposentado em março, apenas alguns meses antes da tragédia. A espiritualidade foi um dos legados que deixou para a família.

– O que me fortaleceu foi a fé de que a vida não acaba. Inclusive, eu venho de uma família super católica e nessa época eu imediatamente me vinculei ao espiritismo, umbanda… Considero que Deus se demonstra de formas diferentes nas religiões, mas algumas trazem mais respostas em relação a passagem. A família também me deu forças, assim como a Associação AFAVITAM, das vítimas do voo. – relata Liege, filha de Elida, que encontrou um sentido mais profundo à vida através de trabalhos voluntários.

A decisão da Justiça sobre o caso e as mudanças nos protocolos

Mesmo após 15 anos, ninguém foi responsabilizado ou cumpriu pena pelo acidente. Em 2015, a Justiça Federal absolveu três denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF): a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o então vice-presidente de operações da TAM, e o diretor de Segurança de Voo da empresa na época. Para a Justiça, os réus não agiram com dolo (intenção). Assim, o MPF confirmou o encerramento do processo.A companhia aérea que hoje se chama Latam Airlines e, declarou em nota que se solidariza com todos que foram afetados por este acidente há 15 anos. Segundo a empresa, a maioria dos familiares das vítimas foram indenizados. Uma família ainda segue com ação em andamento. 

“Embora consciente de que nada poderá compensar as perdas, a companhia se empenhou, desde o primeiro momento, em apoiar os familiares de todas as maneiras e concluir o mais rápido possível o procedimento de indenização.”, diz trecho da nota.

Ainda de acordo com a Latam, “atualmente a aviação mundial possui regras e protocolos globais rígidos de segurança e prevenção, o que fez com que a média anual de acidentes aérea caísse mais de 60% desde então”. A empresa ainda afirma que revisou os procedimentos internamente com o objetivo de atuar de uma maneira ainda mais planejada e coordenada.

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